o kill bill do soderbergh
a toda prova (eua, 2012) ★★★☆☆
pode prestar atenção: vão dizer que esse filme é chato. que a lutadora gina carano é péssima atriz. que o elenco estrelado não salva o filme. vão dizer até que soderbergh não é mais o mesmo, que é uma pena como um diretor tão promissor possa acabar assim. bobagem.
a toda prova é muito divertido. não, não é revolucionário, inovador, marcante. nada que mereça destaque ou respeito. trata-se de um filme de espionagem aos moldes tradicionais, com membros traindo seus parceiros a todo tempo, reviravoltas na história, trilha sonora clássica do gênero e diálogos risíveis de tão ruins.
a fotografia começa amarelada, quase sépia, mas vai escurecendo com o tempo, à medida em que a narrativa vai ficando mais reveladora. as cenas de luta – essas sim valem o ingresso – são incríveis, com efeitos sonoros estranhos ou mesmo a ausência deles (eu falei que ele não era inovador?). sem contar as perseguições de tirar o fôlego, em que o trabalho da montagem é impecável e o diretor parece à vontade.
a história, não que importe, é sobre a agente mallory kane, que desconfia ter sido enganada por seu chefe, e ex-amante, kenneth. ela precisa descobrir o que aconteceu, além de tentar provar sua inocência numa trama internacional. grande parte do longa acontece em forma de flash back, e são essas viagens no tempo que deixam o clichê menos enfadonho.
vamos combinar que chato mesmo é quem se leva a sério.